quinta-feira, 16 de agosto de 2012

doenças mais comuns nos cães

 Lembro que estas informações não dispensam um veterinário, o ideal é se tiver dúvidas consultar um . Cuidem bem dos vossos animais.

Doenças


Cinomose
É uma doença causada por um vírus, ou seja, é uma virose altamente contagiosa que afeta cães de todas as idades, porém com maior frequência filhotes não vacinados em torno de 6 a 12 semanas de vida.
A transmissão se dá através das secreções corporais como saliva e descargas nasais formando aerosóis que infectarão o ambiente. A transmissão transplacentária, que ocorre ainda quando a fêmea está gestando o filhote, é extremamente rara.
Como a transmissão por aerossóis facilita o contágio recomenda-se o isolamento do animal afetado pela doença.
O animal infectado deve ser mantido isolado para evitar o contágio.
É muito comum surtos de Cinomose ocorrerem em locais onde muitos cães permanecem juntos, como abrigos para animais e pet shops que façam venda de cães, e canis.
Os sinais clínicos da Cinomose em sua maior parte são resultantes de infecções bacterianas secundárias que se instalam após a ação do vírus no sistema imunológico, enfraquecendo-o.
Os sinais clínicos gerais ou sistêmicos são a depressão, apatia, perda do apetite, mal-estar e febre.
A Cinomose é conhecida por apresentar três fases distintas durante seu curso no animal infectado:
  • Fase Respiratória onde os sinais são dispnéia (dificuldade para respirar), descargas nasais e oculares caracterizando rinite e conjuntivite, pneumonia e tosse.
  • Fase Digestiva ou Gastrointestinal com a presença de diarréia e vômito.
  • Fase Nervosa na qual, dependendo da região do sistema nervoso afetado, podem ocorrer tremores musculares (mioclonias), convulsões, movimentos repetidos dos maxilares, incoordenação motora e alterações comportamentais.
Há ainda sinais clínicos como a presença de pústulas abdominais, que são pequenas bolsas com presença de pús em seu interior e hiperqueratose das almofadas plantares, que é o espessamento da pele da planta das patas dos cães afetados.
A Cinomose apresenta uma alta taxa de mortalidade entre filhotes e nos cães adultos que apresentarem sinais clínicos multisistêmicos e sinais neurológicos progressivos, sendo que muitos clínicos recomendam a eutanásia nestes casos pois o prognóstico não é muito favorável, pois mesmo que durante o tratamento suporte o animal afetado apresente uma melhora, muitas vezes ocorrem recaídas e os sintomas neurológicos aparecem com maior força, levando o animal a uma incapacidade neurológica irreversível.
A prevenção através de vacinação é sempre a melhor opção.

Raiva
A Raiva é uma virose que atinge praticamente todos os mamíferos, que ataca o sistema nervoso e é transmitida pela saliva.
A Raiva ainda não é totalmente controlada em nosso país, porém os casos de raiva humana não acontecem desde a década de 80.
A Raiva apresenta três fases distintas:
Fase Prodômica ou Silenciosa - dura entre 2 a 3 dias e é caracterizada por febre, leves alterações comportamentais, diminuição dos reflexos corneais e palpebrais e movimentos mastigatórios.
Fase Furiosa - dura de 2 a 4 dias e é caracterizada pela alteração do sistema límbico no sistema nervoso central, provocando irritabilidade, latidos furiosos, agressividade, ataques a objetos, perversão do apetite e comportamento sexual anormal. Há ainda ataxia, desorientação e algumas crises convulsivas.
Fase Paralítica - dura de 2 a 4 dias e consiste na paralisia do laringe, faringe e músculos da mastigação, seguida por depressão, coma e morte por paralisia respiratória.
Como a Raiva é uma doença com altas taxas de mortalidade e é uma zoonose, os governos estabelecem programas de vacinação anuais de acordo com normas da Organização Mundial de Saúde.
A prevenção se dá com a vacinação da população de cães e gatos.
Caso você ou alguma pessoa conhecida sua for mordida por um animal, seja ele conhecido ou não, você deve lavar o local da mordida com bastante água e sabão e se dirigir à um posto de saúde para que sejam tomadas as medidas profiláticas corretas.

Parvovirose
A Parvovirose é uma virose que apareceu no mundo na década de 70, com os primeiros casos registrados no Brasil nos anos de 78 e 79.
A transmissão se dá através do contato com fezes dos animais infectados ou nos ambientes frequentados por estes animais, pois o vírus da Parvovirose é altamente resistente e pode se manter infectante por meses no ambiente.
É uma doença altamente contagiosa que afeta cães de todas as idades com uma maior prevalência em cães com até 6 meses de vida, e algumas raças em específico como Rottweilers, Dobermans, Pastores Alemães e Fila Brasileiro.
O vírus da parvovirose é muito resistente e o local se mantém contaminado por meses.
A Parvovirose se caracteriza por uma severa inflamação nas alças intestinais (enterite), causando sinais clínicos como perda de apetite, depressão, febre, prostração e diarréia com presença de sangue e desidratação.
Todos estes sinais clínicos podem ser exacerbados, dependendo das condições às quais o cão infectado estiver enfrentando como stress, condições inadequadas de higiene, parasitoses intestinais e infecções bacterianas secundárias.
O cão infectado pode sofrer choque eletrolítico devido a severa desidratação, endotoxemia (devido à infecção bacteriana generalizada) e ir à óbito em poucos dias.
O tratamento suporte à base de soroterapia visa corrigir o desequilíbrio eletrolítico do animal, além, de tratar os sintomas das infecções bacterianas secundárias.
A taxa de mortalidade é alta entre filhotes e entre cães das raças citadas anteriormente.
A vacinação dos filhotes e das fêmeas gestantes, bem como a manutenção do calendário de vacinas anuais, é a garantia de evitar que a Parvovirose chegue ao seu animal.

Coronavirose
A Coronavirose é uma virose que ataca cães de várias idades, porém sua importância como causa de enterite é menor do que a Parvovirose, já que muitos dos cães portadores do vírus da Coronavirose são assintomáticos.
Os sinais clínicos são muito parecidos com os sinais da Parvovirose, por isso a diferenciação para um diagnóstico mais preciso deve ser feita através de exames laboratoriais avançados, como microscopia eletrônica.
Vômitos e diarréia aguda são sinais clínicos que devem servir como alerta para que o proprietário leve o animal o mais breve possível ao veterinário. No caso de uma Coronavirose, o tratamento suporte através de soroterapia será o suficiente para tirar o animal da crise, pois as taxas de mortalidade são relativamente mais baixas.
A vacinação contra a Coronavirose é a melhor prevenção contra a doença.

Leptospirose
A Leptospirose é uma doença bacteriana causada por bactérias do gênero Leptospira e pode afetar cães de qualquer idade.
A transmissão ocorre após o contato físico com urina de roedores, que são os reservatórios naturais das bactérias causadoras da Leptospirose. Este contato pode acontecer por meio de feridas na pele ou durante exposição prolongada à água contaminada.
Há ainda a transmissão transplacentária e venérea (sexual).
A Leptospirose é uma zoonose, uma doença compartilhada entre os homens e os animais.
Os sinais clínicos desta doença são relacionados com a atração que as bactérias causadoras da Leptospirose têm pelos rins e pelo fígado dos animais afetados.
Estes sinais são febre, depressão, anorexia, vômitos, dor renal, dor muscular generalizada, falência renal, falência hepática e icterícia que se verifica pela coloração amarelada das mucosas e da pele.
O tratamento é feito com antibióticos e soroterapia adequada, com medicamentos que tratam o quadro renal e hepático.
A vacinação contra a Leptospirose deve ser feita duas vezes ao ano: uma conjunta com as outras doenças e outra 6 meses após, pois a imunidade para esta doença dura em média seis meses.

Hepatite Infecciosa
A Hepatite Infecciosa é uma doença causada pelo Adenovírus canino Tipo 1 e tem se tornado rara devido a um bem-sucedido programa de vacinação.
A transmissão ocorre através de descargas orais e nasais e no contato com o ambiente; o vírus é resistente à exposição.
Os sintomas mais comuns são febre, vômitos, diarréia e dor abdominal.
Existe uma situação chamada "infecção superaguda" na qual os cães infectados morrem em poucas horas após a infecção, porém é uma forma mais rara da doença.
O tratamento não tem muito sucesso nestes casos.
A melhor forma de controle desta virose foi e continua sendo a vacinação

Parainfluenza
A Parainfluenza é uma virose que recebe seu nome do vírus que é o responsável por ela, o vírús Parainfluenza canino.
A transmissão desta virose ocorre através das descargas orais e nasais de animais afetados. O vírus da Parainfluenza afeta o trato respiratório dos cães, causando febre, tosse, rinite, conjuntivite e apatia de leve a moderada.
O maior risco nesta virose é o aparecimento de infecções oportunistas secundárias à infecção viral.
A prevenção através de vacinas específicas é a melhor opção.

Traqueobronquite Infecciosa
Também conhecida como tosse dos canis, esta doença é o que podemos chamar de complexo respiratório por ser causada pela ação conjunta de mais de um agente infeccioso: o vírus da Parainfluenza, o Adenovírus e uma bactéria chamada Bordetella bronchiseptica.
Esta doença ataca inicialmente o trato respiratório superior dos cães afetados, causando uma irritação que se traduz pela tosse e leves descargas nasal e ocular.
Nos casos mais severos há um agravamento do caso clínico, com broncopneumonia, anorexia, depressão e febre, complicações causadas por infecção bacteriana secundária e eventualmente a morte.
O tratamento visa diminuir o estresse respiratório, bem como debelar as infecções secundárias.
Hoje já existem vacinas disponíveis que previnem contra estes agentes infecciosos com uma maior precisão.

Receita contra Parvovirose
A parvovirose, também conhecida como paravirose, é uma doença causada por um vírus da classe dos parvovírus, que ataca animais desde gatos, cães, bovinos, suínos e até ao homem.
É transmitidas pelo ar, e ambientes contaminados, devem ser isolados por 6 meses, sem a introdução de animais nesse período.
Os síntomas são: fraqueza, falta de apetite, obram e vomitam sanguem na fase de contaminação aguda. O vírus se instala no aparelho digestivo e se multiplica rapidamente para outros orgão como fígado, rins, pulmões e coração.
Em animais adultos as defesas do organismo combatem esses vírus sem muitos problemas, mas em animais recém nascidos o sistema imunológico não está preparado para combater essa infecção que pode levar a morte do animal entre os 6 primeiros meses de vida.
Antibióticos como Ampicilina só combatem infecções secundárias sem qualquer acão sobre o vírus; no entanto uma solução caseira do conhecimento popular garante o combate ao vírus em 2 ou 3 dias.
Receita:
  • Folhas de mentruz (lepidinium virginicus), erva daninha, rasteira com aroma forte.
  • Folhas de Confrei, arbusto com folhas longas e espinhudas
  • Alho
    Bata tudo no liquidificador com água e despeje com uma seringa na boca do animal.
    Essa fórmula é milagrosa.

Saúde Física e Mental
Primeiro cuide da saúde física do seu cachorro:
  • Produtos de limpeza podem causar alergias. Consulte o seu veterinário assim que você observar irritações na pele do seu animal. O produto para limpeza mais recomendado para evitar este problema é o Lysoform Bruto (utilizado na diluição indicada).
  • Mantenha-o livre de carrapatos e pulgas. Existem produtos a venda em pet shops que são bastante eficientes em manter seu animal livre destes parasitas. Além de serem anti-higienicos, os carrapatos são transmissores de doenças. O produto mais recomendado pelos veterinários é o Frontline Spray.
  • Seu veterinário também lhe orientará sobre as datas de dar remédios contra vermes para seu animal.
  • Consulte seu veterinário sobre as doenças transmitidas por mosquitos. Em locais onde há muito mosquito é recomendado se dar ao cachorro um remédio que evita estas doenças.
  • Mantenha seu cachorro com as vacinas em dia. Os veterinários fornecem uma caderneta que mostram as datas de revacinação.
  • Nunca dê banho em um espaço de tempo inferior a quinze dias, pois o cachorro precisa manter uma certa oleosidade no pelo. Use apenas shampoos para cães vendidos em pet shops.
  • Escove-o se ele tiver pelo longo. Use uma escova de pinos adequada para cães.
  • Veja sempre se há algum ferimento. Trate todos os ferimentos imediatamente para evitar bicheiras.
  • Evite deixar qualquer objeto que pode ser engolido ao alcance do seu cão. Deixe sempre brinquedos adequados para o seu cachorro roer e passar o tempo. Um cão entediado irá procurar alguma coisa para brincar. É comum vê-los engolirem chupetas, tampas de garrafas, rolhas, e pequenos brinquedos.
Agora a saúde mental:
  • Passeie com ele pelo menos duas vezes ao dia.
  • Aproveite o seu tempo livre e finais de semana para brincar, correr e exercitar bastante o seu animal. Existem vários parques públicos que aceitam a presença de animais.
  • Mantenha o cachorro sempre perto da sua família. A interação com humanos é a melhor coisa que podemos fazer pelos nossos peludos, e
  • Mantenha o treinamento do seu cachorro em dia.

Estação de calor e doenças
O aparecimento de pulgas e carrapatos, doenças de pele e problemas cardíacos são comuns no clima quente e úmido do verão. Quando o animal freqüenta pastos ou locais onde haja bois, cavalos, porcos e animais silvestres, pulgas e carrapatos são fáceis de serem adquiridos, evitá-los é tarefa que requer medidas simples, como a manter a higiene
e aplicar repelentes.
Quanto aos problemas cardíacos e outros que podem surgir com o sol,  podemos evitá-los mantendo o animal em locais frescos e arejados, com muita água à disposição e alimentação saudável.
"Anti-parasitas em forma de spray, sabonete, coleira e pó para o ambiente são preventivos. Algumas doenças causadas por carrapatos, como parasitose e babesia, podem ser fatais se não tratadas a tempo", orienta a veterinária Beth Barrozo Motta.

A miíase - ou bicheira - e os bernes são infestações transmitidas pelas moscas.
"Pequenos ferimentos são suficientes para atrair a hospedagem de miíases", observa Beth. Os bernes penetram no tecido saudável do animal causando dor e prurido. "Repelentes naturais à base de citronela evitam que moscas depositem suas larvas", ensina.

A dirofilariose é transmitida através da picada dos mosquitos flebótomos. O parasita cai na corrente sangüínea e chega ao coração, onde pode se alojar causando problemas cardiológicos graves. A incidência deste mosquito ocorre, principalmente, nas regiões litorâneas. "Deve-se aplicar vermífugo especial dez dias antes de viajar com o animal", ressalta Beth. Já as intoxicações alimentares podem ocorrer devido a alimentação em excesso, ingestão de plantas tóxicas ou de alimento fermentado. "Deve ser colocada a quantidade exata de alimento para a refeição porque os restos, com o passar do tempo, podem fermentar e causar problemas digestivos, vômitos ou diarréias", alerta a veterinária. Os bichos ainda podem sofrer de desidratação, que é perda excessiva de água do corpo. Os sintomas mais freqüentes são vômitos, diarréias e emagrecimento. Deixe sempre água fresca disponível. E, para que ele não vire um cachorro-quente, evite passeios nos horários de maior calor, pois o asfalto quente pode causar queimaduras nas patinhas.

Em alerta!!!
  • LARVAS - As larvas do carrapato são muito pequenas e se abrigam em frestas, paredes, comedouros e no chão.
  • SUOR - Os cães sofrem mais com o calor do que os homens porque não transpiram por meio da pele.
  • PÊLOS - Para os animais de pêlo longo, é recomendável fazer uma tosa de verão.
  • PASSEIOS - Prefira cedo pela manhã ou quando anoitece e não saia com o animal depois de chuva forte pois há risco de contrair leptospirose, doença transmitida pela urina de rato.
  • ÁCAROS - Nos cães que gostam de nadar é importante cuidar dos ouvidos. Ácaros, fungos e bactérias, causadores da otite, gostam de ambientes úmidos, portanto, a melhor prevenção é a limpeza periódica.
  • RAÇAS - As raças que sofrem mais com o calor são as de pelagem longa e farta: poodle, samoieda, collie, são bernardo e sheepdog.
  • ROEDORES - Tome cuidado para que nunca falte água na gaiola e evite pegar nos bichinhos neste período. Deixe um ventilador no local para circular o ar.
  • INSOLAÇÃO - Nunca deixe um animal dentro do carro estacionado, nem mesmo com os vidros abertos. O risco de insolação é grande.
Fonte: Jornal O DIA